Erick da Silva
O reajuste de 7,72% para os aposentados do INSS, sancionado pelo presidente Lula, deve ser comemorado por todos, afinal, uma maior valorização da remuneração das aposentadorias é uma medida socialmente importante. Segundo estimativas do governo federal, cerca de 8,3 milhões de pessoas serão beneficiadas com o aumento.
Ainda que, importante que se diga, boa parte dos parlamentares que saíram em defesa do aumento miraram muito mais as urnas no dia 3 de outubro do que uma real preocupação com a condição dos aposentados.
Isso sem falar na oposição, que esperava causar, com um eventual veto do Lula, um fator de desgaste do presidente junto aos aposentados, e com isso frear a onda de crescimento nas pesquisas de intenção de votos da candidata Dilma. A estratégia deu errada e o aumento foi aprovado.
Sempre que tem um reajuste que represente algum aumento de rendimento aos aposentados, sempre acompanha uma crítica indireta e revestida com ares de tecnicidade, do efeito que terá sobre as contas públicas.
Dessa vez não foi diferente. Todos os grandes jornais da mídia empresarial noticiaram, com destaque, que o impacto sobre os cofres públicos deverá ser de R$ 1,6 bilhão de reais em 2010. Sem dúvida é uma grande cifra que pode impressionar alguns. Ainda mais se agregar os dados do chamado “rombo previdenciário”, que com este aumento estaria chegando a R$ 50 bilhões de reais.
No entanto, o que esta mesma mídia empresarial não notícia é a sua própria responsabilidade com o aumento deste “rombo”. Só para ilustrar, no início do ano, algumas das empresas mais “caloteiras” com a previdência, eram:
- Infoglobo (das Organizações Globo) com dívidas de R$ 17.664.500,51
– Folha da Manhã S.A. (Folha de São Paulo): R$ 3.740.776,10
- Editora Globo S.A.: R$ 2.078.955,87
- Editora Abril: R$ 1.169.560,41
- Rádio e Televisão Bandeirantes: R$ 2.646.664,15
– O Estado de São Paulo (Estadão): R$ 2.078.955,87
Assumir a sua própria responsabilidade é algo que infelizmente nunca veremos figurar nas manchetes destes “jornalões” da velha mídia. Isso sem contar outros setores “dinâmicos e modernos” da nossa economia que tem uma prática corriqueira de sonegação sistemática. O ministro da Previdência Social, Carlos Eduardo Gabas, comentando sobre o reajuste nas aposentadorias, informa que tem R$ 400 bilhões em dívida que podem ser cobradas. Demonstrando que o verdadeiro problema não está no aumento dos aposentados, mas sim na sonegação dos grandes.
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Postado por Erick da Silva
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