quarta-feira, 12 de janeiro de 2011

Prostitutas receberão visita de cobradores de impostos na Holanda


AMSTERDÃ - As trabalhadoras da profissão mais antiga do mundo terão pela frente uma lição de austeridade. O momento na Europa é de cortar gastos e arrecadar mais. Assim, as prostitutas da Holanda, principalmente aquelas que se exibem em vitrines do bairro da luz vermelha de Amsterdã, podem se preparar para a visita do cobrador de impostos.


A prostituição se tornou um grande negócio em Amsterdã a partir do século XVII, quando a Holanda era uma superpotência naval e os portos eram cheios de marujos atrás de diversão. O país legalizou a prática uma década atrás, mas só agora o governo resolveu cobrar as taxas das profissionais do ramo. O aviso foi publicado no principal jornal de Amsterdã.


- Começamos nos lugares maiores, os bordéis, e agora estamos indo para cafetões das vitrines e suas meninas - disse Janneke Verheggen, porta-voz do Serviço de Impostos da Holanda.


Algumas prostitutas se opõem à medida, mas há outras que manifestam apoio.


- É uma coisa boa que eles estejam fazendo isso. É um trabalho como qualquer outro e devemos pagar impostos - declarou Samantha, que se exibe para clientes no "bairro adulto" de Amsterdã. Segundo ela, as prostitutas oriundas do Leste Europeu serão as que terão mais dificuldade para pagar as taxas.


Algumas poucas prostitutas, como Samantha, já recolhem 19% em cada transação, mas, como não havia fiscalização, a arrecadação com impostos era baixíssima. O governo holandês sequer sabe quantas profissionais estão no ramo do sexo no país.


Embora a Holanda tenha sido um dos países da Europa que mais conseguiram evitar estragos provocados pela crise financeira de 2008, o país implantou medidas austeras para evitar o aumento do déficit público e não comprometer o orçamento até 2015.

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Os cometários anônimos só serão publicados se inofensivos, caso queira enviar denuncias, sua identidade será preservada